terça-feira, 3 de setembro de 2013

Bancos querem cortar crédito de empresas que não respeitem os recursos naturais .



Água limpa, florestas e outros recursos naturais estão sendo usados insustentavelmente , então alguns dos maiores bancos do mundo planejam cortar o crédito de companhias que dependem desses recursos mas não os valorizam.
Não é fácil colocar um valor em uma floresta, um rio limpo, ou no ar não poluído, mas é isso que um grupo dos maiores bancos mundiais está tentando fazer.
Eles concordaram que a forma como o atual sistema econômico usa, e muitas vezes destrói, o meio ambiente sem pagar para fazê-lo não é sustentável.
Os bancos também estão preocupados pois algumas companhias estão usando recursos naturais muito rapidamente, sem pensar em seu próprio futuro, e muito menos no do planeta, que entrará em colapso. Eles querem uma forma de alertá-los e, em última análise, de retirar o crédito a menos que as companhias ‘consertem’ seus caminhos.
As 43 instituições financeiras, incluindo o Banco Mundial, estão estabelecendo um grupo de trabalho como consequência da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável de 2012, também conhecida como conferência Rio+20, quando 39 grandes bancos assinaram a Declaração do Capital Natural.
A declaração definiu capital natural como “os bens naturais da Terra (solo, ar, água, flora e fauna), e os serviços ecos-sistêmicos resultantes deles, que tornam a vida humana possível.”
O documento foi adiante, dizendo que alimentos, fibras, água, saúde, energia, segurança climática e outros serviços essenciais fornecidos pelo capital natural valem trilhões de dólares por ano, mas que eles não são valorizados adequadamente.
 Contudo, os banqueiros sabem que, a fim de valorizar o capital natural, alguém tem que descobrir quanto ele vale em termos monetários. Qual valor você pode colocar em um hectare de floresta pelo ar limpo, coleta de chuva, sequestro de carbono e alimentos que fornece? E tão importante quanto isso, qual é a perda econômica se for destruído?
Mas todas as empresas, mesmo os bancos que controlam os investimentos, têm um impacto no ambiente natural, que eles geralmente não pagam e que não aparece nas contas. Então, para transformar sua declaração de um ano atrás em algo mais tangível, os banqueiros têm que estabelecer o grupo de trabalho para colocar um preço no mundo natural.
Eles estabeleceram a si próprios a meta de 2020 para ter um sistema internacional operando, reconhecido por todos os governos e assinado pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Pode ser um trabalho vagaroso e difícil, mas eles acreditam que isso é vital para evitar que o atual sistema econômico destrua o planeta.

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